quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"Até tu, McCain?"

Atacar, ainda mais, Bush.

Esta pode ser a estratégia para os últimos dias de campanha republicana para tentar inverter a vantagem de Obama nas sondagens.

A cada oportunidade, McCain retoma a linha adoptada no último debate em Long Island com o "Eu não sou Bush!". Num anúncio televisivo, o senador do Arizona olha para o eleitor e dispara uma pergunta que bem poderia sair da boca de Obama "Os últimos oito anos não correram lá muito bem, pois não?". Pois não.

É verdade que, há oito anos, quando enfrentava Bush na corrida das primárias, McCain já criticava as opções económicas de George Walker, mas agora tem de deixar bem claro que há muito entrou em ruptura com a equipa económica da Casa Branca.

O principal ponto é a crise financeira, o tema que será decisivo no momento de decidir o voto. McCain critica a forma como Bush enfrentou a crise. Ou seja: assume que a Casa Branca está mais preocupada em proteger os bancos do que evitar que os norte-americanos percam as casas por não pagar as prestações dos empréstimos.

Os republicanos reconhecem que, no que resta de campanha, terão de tentar apagar a tese de Obama de que McCain é um clone de Bush.

O problema para o senador do Arizona é o "histórico" das votações do Congresso: McCain votou em 90% das vezes ao lado de Bush.

Da Sala Oval, a esta hora, até se justificava um "Até tu McCain?"

José Bastos, nos Estados Unidos

Seja o primeiro a comentar

Footer

2008 Renascença - Música e Informação dia a dia