segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Improvável, mas não impossível

Nas próximas horas quem - garantidamente - não terá um minuto de descanso serão os tripulantes do Obama Jet e do McCain Jet. Os pilotos dos aviões de campanha terão de preparar sucessivas aterragens e descolagens de vários pontos da geografia eleitoral norte-americana neste frenético fim de festa.

Obama, mostrando uma invejável dose de auto-confiança, saltita por estados vencidos por Bush em 2004 e de larga tradição republicana. Já McCain andará por território favorável, com a excepção da Pensylvania.

McCain olha para este estado como o único dos que Kerry venceu em 2004, que, em 2008, pode inclinar-se para o Partido Republicano.

E porquê tanta atenção? Porque os 21 votos do estado no Colégio Eleitoral podem compensar uma eventual perda de 13 da Virginia e 7 do Iowa.

Há dois dias falava-se de McCain a encurtar distâncias nas sondagens, mas esta segunda-feira a vantagem volta ao lado de Obama com, no mínimo, 5 pontos, no máximo 8.

Nas projecções para o que realmente conta, o Colégio Eleitoral, o orgão que elege o presidente, Obama terá, na média de todas as sondagens, 291 votos dos 538 totais, sendo que 270 chegam para ganhar.

Quer isto dizer que tudo está já perdido para McCain? Não necessariamente.

Ponderem-se, então, estas hipóteses, distantes, mas não, totalmente, negligenciáveis:

1. É possível que boa parte dos eleitores republicanos não estejam a ser consultados nas sondagens ou, via "efeito Bradley" mentem na preferência assinalada?

2. É possível que boa parte dos 5 a 7% de indecisos se volte para McCain?

3. É possível que boa parte do eleitorado Obama, desencorajado pela atmosfera do "já ganhou", não se desloque às urnas?

A resposta afirmativa a todas - ou a apenas uma - destas questões será improvável, mas impossível, impossível, não é!

José Bastos, nos Estados Unidos

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